Cerca
de cinquenta peças de cerâmica já restauradas aguardam agora o final
das obras de musealização das ruínas do Mosteiro de São João de Tarouca
para poderem finalmente ser trazidas a público. A exposição vai permitir
aos visitantes viajar por mais de 800 anos de história, proporcionando
um novo olhar sobre o quotidiano monástico.
Fazem
parte do conjunto diversas cerâmicas em faiança, barro preto e barro
vermelho, para usos muito distintos como a refeição, culinária,
iluminação ou decoração, recolhidas durante as escavações arqueológicas
ocorridas entre 1998 e 2007.
Os
trabalhos arqueológicos acabaram por resultar na recolha de milhares de
fragmentos de todo o tipo de cerâmicas, representando mesmo uma
colecção ímpar em Portugal. Deste gigantesco lavouro, que contou com a
participação de uma equipa permanente e a colaboração da Escola
Profissional de Arqueologia, resultou esta primeira selecção de peças
que oferece uma pequena amostra dos objectos usados pelos monges ao
longo de mais 800 anos.
Recentemente,
com a obra no Mosteiro de São João de Tarouca, integrada no Projecto
“Vale do Varosa”, foi necessário rever as intervenções anteriormente
realizadas, preparando as peças para exposição no futuro núcleo
museológico.
A
intervenção respeitou sempre a integridade e perenidade das cerâmicas
arqueológicas e foi realizada nas instalações da DRC-Norte em Viseu
(casa do Adro), compreendendo a revisão das intervenções anteriores
(limpeza e estabilização), ações de reconstituição volumétrica e de
integração cromática, ações de conservação preventiva, passando ainda
pelo acondicionamento e armazenamento das peças.
Este
primeiro conjunto estará em breve ao alcance dos visitantes, estando a
abertura do Mosteiro de São João de Tarouca prevista para outubro de
2013.
(Fonte: Vale do Varosa)
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