“Não é
muito frequente ter entre nós uma primeira figura mundial da área em
que trabalha”, nomeadamente do “especialista mais conceituado da área da
fotografia antiga”. Foi deste forma que arrancou a conferência deste
sábado, 27 de outubro, proferida por Michael Gray. As palavras são de
José Pessoa, técnico de fotografia do Museu de Lamego, que recordou
ainda que Michael Gray tem o mundo como local de trabalho.
E foi
precisamente esse mundo, essa inigualável experiência, que o
especialista britânico transportou até ao Museu de Lamego. Aqui, para
uma audiência muito interessada, afirmou que o nacionalismo é inimigo da
evolução do pensamento científico, na medida em que a História da
Fotografia, ou de qualquer outra área científica, envolve contributos de
vários países e não de apenas um.
Durante a
conferência, que teve tradução simultânea, os presentes ficaram a saber
que a mais antiga representação do fenómeno de uma câmara escura data de
há 400 anos antes de Cristo, de acordo com um manuscrito trazido da
China. Falou-se ainda do processo
fotográfico negativo positivo, da impressão em papel salgado e da
preocupação da Inglaterra Vitoriana, pós-Revolução industrial, de
reproduzir imagens mais depressa e em maior quantidade.
Esta
oportunidade única de ouvir em Lamego um dos mais reputados estudiosos
da Fotografia Antiga mundial terminou com os elogios de Michael Gray a
Portugal e com uma conversa muito aprazível e informal entre o
investigador e o público presente, que teve ainda oportunidade de
apreciar algumas imagens antigas.
Recorde-se
que Michael Gray, curador, investigador, fotógrafo e professor, é um
perito solicitado por instituições de todo o mundo para a reprodução de
coleções. Foi ainda durante muito tempo responsável da Casa Museu
Talbot, onde se descobriu o processo fotográfico negativo positivo.
Deixamos aqui o texto que Michael Gray, em conjunto com José Pessoa, escreveu sobre a “Fotografia na Era Vitoriana”:
(Fonte: Vale do Varosa)
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