Concelho de Tarouca
Neste pequeno trato de terra surgiu na Idade Média o concelho de Tarouca. Era a época em que de Portugal nem o nome existia e o seu território, tal como hoje é constituido, fazia parte integrante da Península. A sua história, pois nesses tempos remotíssimos, não pode separar-se da dos povos ou tribos que habitaram no Ocidente, para cá dos Pirineus, e dela faz parte, como o ramo da árvore a que está ligado.
Os Lusitanos, foram provavelmente os seus primeiros habitantes. Alguns historiadores consideram-nos já o resultado da fusão de Iberos e Celtas, cujas migrações se perdem na noite dos tempos.
Neste pequeno trato de terra surgiu na Idade Média o concelho de Tarouca. Era a época em que de Portugal nem o nome existia e o seu território, tal como hoje é constituido, fazia parte integrante da Península. A sua história, pois nesses tempos remotíssimos, não pode separar-se da dos povos ou tribos que habitaram no Ocidente, para cá dos Pirineus, e dela faz parte, como o ramo da árvore a que está ligado.
Os Lusitanos, foram provavelmente os seus primeiros habitantes. Alguns historiadores consideram-nos já o resultado da fusão de Iberos e Celtas, cujas migrações se perdem na noite dos tempos.
Período Pré-Romano e Romano
Desde séculos A. C. podemos considerar já habitado, mais ou menos, o território deste concelho. Povoada a Península, era natural que para cá atraíssem algumas tribos às férteis margens do Barosa e Barosela e os campos pitorescos que eles ladeiam. E com efeito, a presença dos Lusitanos, em comunidades numerosas, é um facto. Demonstram-no os diferentes vestígios arqueológicos e restos de povoações do período neolítico, aparecidas em muitos lugares: O castro de Mondim e de Castro Rei, nele foram encontrados vestígios dos Lusitanos, tais como casas, mós, objectos de cerâmica, machados de pedra polida, etc. Lamego foi um lugar onde os Romanos estabeleceram sólido domínio. Ora sendo tão perto de Tarouca e sendo suas terras tão férteis, é lógico que para aqui fossem atraídos, pois ainda hoje existem vestígios de estradas romanas.
Período Árabe-Leonez
Da permanência dos Árabes chegou até aos nossos dias a lenda do Penedo Encavalado, do Penedo da Meada e as que se referem à origem de povos, como Gouviães e Eira Queimada. Em Tarouca houve um castelo árabe que, em 1063, D. Fernando Magno, rei de Castela, veio submeter, depois de conquistar Lamego. No onomástico do concelho há palavras árabes, como Almofala e Alcácima (Alcáçova), morro onde existiu o castelo, na vila de Tarouca. Submetido o território do concelho de Tarouca ao domínio cristão, por cristãos começou a ser colonizado e povoado. O Conde D. Henrique e seu filho Afonso I o entregaram, com outras terras limítrofes, aos fidalgos, ricos homens e donos da sua côrte. A Egas Moniz coube Salzedas (Algeriz) e Gouviães; Tarouca, a Sancho Nunes; Dalvares, a Eldra Martins; e outras terras a Paio Cortez, D. Paio Viegas, Estevam Guilherme e Martins Passial. Estes, com colonos do Minho, reconstruiram as povoações arrasadas em lutas de raça. Entretanto fundaram-se os dois mosteiros de S. João e Salzedas. Quase sempre a povoação indicada para séde dum concelho é a mais importante pela sua população, pela riqueza do seu solo e pelas suas tradições e antiguidade. Tarouca, como povoação, a mais notável do local, estava naturalmente indicada para presidir ao município em que congregavam as povoações limítrofes. Tarouca é povoação muito antiga, tão antiga que se julga remontar-lhe a origem ao tempo dos lusitanos e dar-lhe já certo esplendor na época dos árabes. É provável que a fundação de Tarouca remonte ao último quartel do século XIII.
Mais tarde também se chamou Castro Rey. Com este nome recebeu foral de D. Afonso III a 11 de Dezembro de 1272.
A antiga povoação de Tarouca foi quase sempre cabeça de concelho; mudado o seu nome, este não subsistiu por força da tradição.
O primitivo concelho de Tarouca limitou-se quase só à freguesia da séde, com seus lugares; mas esta era muito extensa e contava muitas povoações.
Mais tarde também se chamou Castro Rey. Com este nome recebeu foral de D. Afonso III a 11 de Dezembro de 1272.
A antiga povoação de Tarouca foi quase sempre cabeça de concelho; mudado o seu nome, este não subsistiu por força da tradição.
O primitivo concelho de Tarouca limitou-se quase só à freguesia da séde, com seus lugares; mas esta era muito extensa e contava muitas povoações.
Ascenção e queda
Compunham-na, além das aldeias de hoje, os povos de Gouviães, Dalvares, Vila Meã, Vilarinho, Ferreirim e Bustelo!
Tarouca, antiga Vila sede de condado, rica pelas produções do seu solo foi subindo de importância. Por alvará de 27 de Janeiro de 1801, obteve do Príncipe Regente D. João a categoria de Distrito de Vara Branca, sendo-lhe por isso a ele anexados, além dos concelhos da antiga ouvidoria, mais os de Várzea da Serra, Ucanha e Cever. Tarouca tinha agora mais vida e independência. Dez concelhos reconheciam a sua soberania e, a sua alçada, que era numerosíssima, podia levar o seu nome triunfante a todos!
O prestígio de Tarouca durou até 1834. O distrito da Vara Branca foi extinto. Um ano depois todos, ou quasi todos os concelhos e julgados da sua antiga correição foram suprimidos. Somente dois concelhos ficaram existindo depois de 1836 - Tarouca e Mondim, separados pelo Barosa. Em 1836, o concelho da Ucanha, o mais antigo da região, depois do de Tarouca, Foi extinto e as suas freguesias incorporadas no de Mondim.
Em 1896 estes dois concelhos foram também extintos. O de Tarouca foi restaurado dois anos depois em 1898, tendo-lhe sido anexada a vila de Mondim com parte das suas antigas freguesias, ficando, até aos nossos dias composto de 10 freguesias: Tarouca, Dalvares, Ucanha, Gouviães, Salzedas, Vila Chã da Beira, Granja Nova, Mondim da Beira, S. João de Tarouca e Varzea da Serra.
Sobreviveram a beleza das suas paisagens e numerosos vestígios do seu passado glorioso, tais como igrejas monumentais e o seu valioso recheio em obras de arte, ruinas de ricos e importantes mosteiros, pontes medievais entre outros documentos históricos que atestam a sua importância atravez dos tempos desde antes da fundação da Nacionalidade.
De 1974 até hoje, Tarouca parece querer renascer e modernizar-se. com a construção de habitações modernas, comércio e indústria dinâmicos, novas escolas, restauração do legado histórico construido, abertura de novas estradas e reconstrução de antigas.
Tarouca, antiga Vila sede de condado, rica pelas produções do seu solo foi subindo de importância. Por alvará de 27 de Janeiro de 1801, obteve do Príncipe Regente D. João a categoria de Distrito de Vara Branca, sendo-lhe por isso a ele anexados, além dos concelhos da antiga ouvidoria, mais os de Várzea da Serra, Ucanha e Cever. Tarouca tinha agora mais vida e independência. Dez concelhos reconheciam a sua soberania e, a sua alçada, que era numerosíssima, podia levar o seu nome triunfante a todos!
O prestígio de Tarouca durou até 1834. O distrito da Vara Branca foi extinto. Um ano depois todos, ou quasi todos os concelhos e julgados da sua antiga correição foram suprimidos. Somente dois concelhos ficaram existindo depois de 1836 - Tarouca e Mondim, separados pelo Barosa. Em 1836, o concelho da Ucanha, o mais antigo da região, depois do de Tarouca, Foi extinto e as suas freguesias incorporadas no de Mondim.
Em 1896 estes dois concelhos foram também extintos. O de Tarouca foi restaurado dois anos depois em 1898, tendo-lhe sido anexada a vila de Mondim com parte das suas antigas freguesias, ficando, até aos nossos dias composto de 10 freguesias: Tarouca, Dalvares, Ucanha, Gouviães, Salzedas, Vila Chã da Beira, Granja Nova, Mondim da Beira, S. João de Tarouca e Varzea da Serra.
Sobreviveram a beleza das suas paisagens e numerosos vestígios do seu passado glorioso, tais como igrejas monumentais e o seu valioso recheio em obras de arte, ruinas de ricos e importantes mosteiros, pontes medievais entre outros documentos históricos que atestam a sua importância atravez dos tempos desde antes da fundação da Nacionalidade.
De 1974 até hoje, Tarouca parece querer renascer e modernizar-se. com a construção de habitações modernas, comércio e indústria dinâmicos, novas escolas, restauração do legado histórico construido, abertura de novas estradas e reconstrução de antigas.
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