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Entrevista Provedor Santa Casas Misericórdia de Tarouca

Fundada no século XVII, a Santa Casa da Misericórdia Nossa Senhora do Socorro de Tarouca presta um conjunto de serviços à comunidade. Com 11 valências e cerca de 400 utentes, a santa casa possui respostas sociais para crianças, idosos e pessoas portadoras de deficiência.
Com uma “restruturação de vulto” na década de 40 do século XX, que culminou com a criação do Hospital concelhio, a Santa Casa de Tarouca ganhou uma notoriedade considerável.

No seguimento deste período conturbado, já nos anos 80, Lucílio Fernando Assunção Teixeira, actual Provedor da instituição, constitui um grupo de trabalho dinâmico que conseguiu reerguer a instituição, “criando mais respostas de âmbito social”.
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Antigo hospital convertido em UCC
Em setembro de 1990 abre a primeira creche para 25 crianças até aos três anos. Precisamente três anos depois abre o jardim-de-infância, que beneficiaria mais 25 crianças, e é inaugurado o actual edifício sede. Em 1994 entra em funcionamento o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) e em 1996 o ATL. Com esta última valência, a Santa casa passou a acompanhar as crianças até aos 12 anos de idade, sempre com tabelas de preço reduzida.
Do edifício do antigo hospital de Tarouca nasceu uma Unidade de Apoio Integrado (UAI) e uma Unidade de Vida Autónoma (UVA). Recentemente passou a funcionar, também aqui, uma Unidade de Cuidados Continuados (UCC) e uma unidade hospitalar de retaguarda.
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Creche gera polémica
A última infra-estrutura criada foi, de resto, o novo edifício para a creche. “Fomos muito exigentes na construção desta unidade. Deve-se preparar o futuro e por isso as crianças da santa casa devem usufruir do melhor”, disse o responsável.
Apesar das excelentes condições proporcionadas pela nova creche da santa casa, a autarquia local levou a efeito a construção de um outro estabelecimento escolar com as mesmas características. “Ficamos surpreendidos. Foi uma situação que nos desagradou muito, que continua a desagradar e com a qual mantemos uma atitude de muita reserva”, referiu.
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“Jogos Santa Casa” transmitem ideia errada
A fácil associação da Santa Casa aos jogos populares transmite a ideia de que estas instituições não têm quaisquer problemas financeiros. Para Lucílio Teixeira, esta “má publicidade” contribuiu para uma construção negativa da imagem das misericórdias. “Pensam que os ‘Jogos Santa Casa’ dão muito dinheiro às misericórdias e que só por jogar o Euromilhões já nos estão a ajudar, é mentira. Uma pequena percentagem da receita de apostas reverte para a Segurança Social e, como sabemos, esta instituição presta apoio à Santa Casa”, esclareceu.
(Fonte: Notícias de Vila Real)

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